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A fabricante sueca Saab anunciou, nesta segunda-feira (25), a assinatura de um contrato com a Administração Sueca de Material de Defesa (FMV) para fornecer quatro caças Gripen E/F ao Reino da Tailândia. O acordo, avaliado em cerca de 5,3 bilhões de coroas suecas, prevê entregas entre 2025 e 2030, incluindo aeronaves, suporte logístico e treinamento.
O contrato e as capacidades do Gripen E/F
O pedido contempla três aeronaves Gripen E e uma Gripen F (versão biposto), além de equipamentos associados e suporte de longo prazo. O Gripen E representa a versão mais moderna do caça sueco, com melhorias significativas em comparação aos modelos C/D já operados pela Tailândia.
Entre os avanços, destacam-se o radar AESA Raven ES-05, maior alcance de detecção, integração de armamentos modernos ar-ar e ar-solo, além de sistemas de guerra eletrônica de última geração. A versão F, de dois lugares, é voltada para missões de instrução, mas também pode desempenhar papéis táticos em combate. Com essas adições, a Força Aérea Real da Tailândia amplia sua capacidade de defesa aérea e operações conjuntas na região.
Transferência de tecnologia e cooperação industrial
Um dos diferenciais do contrato é o pacote de compensação industrial (offset), firmado diretamente entre a Saab e a Força Aérea Real da Tailândia. O programa prevê transferência significativa de tecnologia de defesa, cooperação com parceiros locais e novos investimentos em setores estratégicos da economia.
Esse modelo é semelhante ao já implementado no Programa Gripen Brasileiro, que resultou em forte impacto na indústria nacional de defesa, com transferência de conhecimento em engenharia aeronáutica e produção local de componentes. Para a Tailândia, os benefícios vão além da aviação militar, estendendo-se ao desenvolvimento tecnológico em áreas civis e à formação de mão de obra especializada.
Impacto estratégico para a Força Aérea Real da Tailândia
A Tailândia já opera um esquadrão de Gripen C/D multimissão, adquirido anteriormente, e os novos caças E/F irão complementar a frota existente, permitindo operações conjuntas com maior alcance e capacidade tecnológica. Essa aquisição representa um salto qualitativo nas capacidades de defesa aérea do país, reforçando a dissuasão e a autonomia em relação a potências regionais.
No contexto geopolítico do Sudeste Asiático, a modernização da frota tailandesa é vista como um movimento estratégico, alinhado à necessidade de manter equilíbrio regional em um ambiente marcado por tensões marítimas e disputas de influência. Com os novos Gripen, a Tailândia consolida-se como um dos principais operadores da plataforma sueca no mundo e fortalece sua posição como força aérea moderna e interoperável.
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