Acordo com CTMRJ e IPqM foca em propelentes e liners, base da propulsão estratégica para mísseis MANSUP, com ganhos de soberania e eficiência operacional
No dia 17 de dezembro, CTMRJ, IPqM e a empresa SIATT assinaram um acordo de PD&I. A iniciativa mira a propulsão estratégica para mísseis do MANSUP, com foco em acelerar formulações e processos e ampliar previsibilidade industrial.
O escopo prevê a formulação de propelentes e liners do motor do míssil, base da propulsão estratégica para mísseis. O sistema equipará as Fragatas Classe Tamandaré, elevando alcance, letalidade e capacidade de dissuasão em mar aberto.
A cooperação integra Marinha, pesquisa e indústria, impulsionando a Base Industrial de Defesa e a autonomia tecnológica, conforme informação divulgada pelo CTMRJ e pelo IPqM.
O que está no acordo
O acordo de parceria em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação reforça a ligação entre centros tecnológicos e a indústria. A meta é converter pesquisa em capacidade operacional, com prazos e métricas claras e foco em resultados.
A parceria entre CTMRJ, IPqM e SIATT evidencia um modelo de inovação baseado na integração entre centros tecnológicos militares e a Base Industrial de Defesa.
Ao unir competências, o time amplia a transferência de tecnologia e a formação de especialistas. A propulsão estratégica para mísseis ganha rota de maturação contínua, da bancada de testes à aplicação embarcada.
Por que a propulsão sólida é estratégica
A propulsão sólida é classificada como tecnologia sensível e crítica. Ao dominar essa etapa, a Marinha reduz riscos de fornecimento, preserva sigilo e controla custos ao longo do ciclo de vida do míssil e do sistema de armas.
O domínio de tecnologias sensíveis, como a propulsão sólida, é considerado estratégico, pois garante independência operacional, redução de vulnerabilidades externas e maior controle sobre o ciclo de vida do armamento.
A aposta em propulsão estratégica para mísseis fortalece a independência operacional e permite evoluções incrementais no MANSUP, alinhando requisitos, desempenho e manutenção às demandas do Poder Naval.
Impactos para a Base Industrial de Defesa
Ao investir em soluções nacionais, a Força estimula inovação, forma especialistas e consolida competências críticas. O resultado é emprego qualificado e maior conteúdo local, com efeito positivo em toda a cadeia produtiva.
O acordo de PD&I reafirma o compromisso da Marinha do Brasil com o desenvolvimento de soluções autóctones, alinhadas às necessidades do Poder Naval e às diretrizes do Ministério da Defesa.
No médio e longo prazo, iniciativas desse tipo ampliam a autonomia estratégica do País, reduzem dependências externas e posicionam o Brasil como ator relevante em sistemas complexos de Defesa.
Relevância para o MANSUP e as fragatas
O MANSUP amplia o alcance e a letalidade das unidades de superfície, fortalecendo a proteção das Linhas de Comunicação Marítimas e da Amazônia Azul, com foco em propulsão estratégica para mísseis de desenvolvimento nacional.
O MANSUP (Míssil Antinavio de Superfície) representa um salto qualitativo na capacidade dissuasória e de combate da Marinha do Brasil.
A integração ao pacote das Fragatas Classe Tamandaré reforça independência operacional, reduz vulnerabilidades externas e amplia o controle sobre o ciclo de vida do armamento, alinhando a frota às melhores práticas de Defesa.




