Em Brasília, a soldadora da Nuclep Sabrina Ferreira de Carvalho emociona o público e impulsiona a equidade de gênero e raça na indústria pesada
A manhã na capital ganhou novos contornos quando Sabrina, soldadora da Nuclep, subiu ao palco e falou de resistência, aprendizado e pertencimento, emocionando autoridades e especialistas presentes.
Ao lembrar que “ser referência não é ocupar um espaço sozinha, mas abrir caminhos para que outras mulheres avancem”, ela destacou que liderança é coletiva e que inclusão precisa ser política ativa.
O relato virou símbolo de como a equidade de gênero e raça gera mudanças reais no serviço público e na indústria, e mostra o papel da Nuclep nesse avanço, conforme relato apresentado no Seminário Nacional Pró Equidade de Gênero e Raça, em Brasília.
Mulheres na indústria pesada e no segmento nuclear
A presença feminina na indústria pesada segue como desafio, com baixa ocupação em funções técnicas do segmento nuclear e de energia estratégica, cenário que a Nuclep busca transformar com inclusão e qualificação.
A trajetória de Sabrina Ferreira de Carvalho mostra que qualificação técnica e oportunidade caminham juntas, quando políticas de inclusão abrem portas, com efeitos na produtividade e na segurança operacional.
Com duas décadas na Nuclep, a soldadora consolidou experiência em projetos sensíveis, onde diversidade de perfis melhora a decisão, reduz vieses e estimula inovação aplicada ao ciclo nuclear e à defesa.
Ao levar sua voz ao seminário, Sabrina mostrou que ampliar a presença de mulheres em times complexos fortalece a competitividade, amplia repertório técnico e aproxima a indústria de padrões globais.
A ênfase em capacitação contínua, junto a programas de equidade de gênero e raça, ajuda a formar lideranças técnicas femininas e a garantir permanência em áreas historicamente masculinas.
Acolhimento, representatividade e pertencimento
O depoimento ganhou força pelo peso emocional de temas como acolhimento, representatividade e pertencimento, fatores que definem acesso, permanência e promoção de mulheres em funções técnicas.
Sabrina foi direta ao afirmar, “ser referência não é ser a única”, ideia que combate o isolamento e prioriza redes de apoio, mentorias e ambientes seguros para desenvolvimento de carreira.
A mensagem reforça que empresas com cultura inclusiva reduzem barreiras invisíveis, elevam engajamento e aumentam retenção, impactos que se refletem em prazos, custos e confiabilidade.
Ao representar milhares de trabalhadoras, a soldadora mostrou que visibilidade importa, e que exemplos reais aceleram mudanças, junto a políticas internas claras e metas de diversidade.
O papel das estatais e a convergência com políticas públicas
A participação da Nuclep no evento evidencia a responsabilidade de estatais em liderar diversidade, equidade e inclusão, conectando práticas internas a políticas públicas robustas.
Nesse ecossistema, iniciativas como a Semana da Equidade aproximam Estado, empresas e trabalhadores, criando pontes entre discurso e prática e ampliando oportunidades técnicas.
A presença de autoridades, como as ministras Márcia Lopes e Esther Dweck, e de representantes da ONU Mulheres e da OIT, mostra que o tema ganhou centralidade no debate nacional.
Ao valorizar histórias reais, a Nuclep fortalece um ambiente plural, seguro e humanizado, alinhado a boas práticas internacionais no complexo nuclear e na indústria de defesa.
Impacto para a competitividade e próximos passos
A diversificação de equipes em projetos sensíveis eleva padrões de segurança, melhora análise de risco e amplia soluções, efeitos que se convertem em competitividade industrial para o Brasil.
A experiência da Nuclep indica que seleção por mérito, aliada a inclusão ativa, gera inovação, aumenta produtividade e qualifica cadeias críticas de suprimento e manutenção.
Para consolidar avanços, especialistas defendem metas transparentes, formação contínua e avaliação de impacto, com atenção à carreira de mulheres pretas em áreas técnicas e de campo.
O exemplo de Sabrina Ferreira de Carvalho segue como farol, lembrando que espaços de decisão devem ser compartilhados, e que equidade, quando estruturada, sustenta progresso duradouro.




