Grupo dos Emirados investe R$ 3 bi e mira liderança em defesa no Brasil

Grupo dos Emirados investe R$ 3 bi e mira liderança em defesa no Brasil

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Com investimentos acima de R$ 3 bilhões, o Grupo EDGE, gigante da defesa com sede nos Emirados Árabes Unidos, acelera sua expansão no Brasil. A meta é ousada: tornar o país referência mundial em armas e sistemas de alta tecnologia, em um movimento que já envolve fábricas, parcerias acadêmicas e projetos estratégicos com a Marinha do Brasil.

SIATT e o avanço do míssil brasileiro

No centro da estratégia está a SIATT, empresa brasileira especializada em sistemas inteligentes de armas, que recebeu uma nova fábrica em São Paulo. Esse polo tecnológico atuará no desenvolvimento do Míssil Antinavio Nacional da Marinha do Brasil (MANSUP) e de sua versão de longo alcance, o MANSUP-ER.

Segundo especialistas, esses projetos podem reposicionar o Brasil entre as nações com capacidade própria de desenvolver armamentos de última geração, reduzindo dependência externa e abrindo portas para exportações. Países da Ásia, África e América Latina já surgem como potenciais compradores, o que amplia a relevância do setor para a política industrial e externa do Brasil.

Geração de empregos e inovação acadêmica

O investimento do EDGE não se limita à indústria. A previsão é de criação de mais de 300 empregos diretos na nova unidade da SIATT, além de centenas de postos indiretos nas cadeias de fornecimento.

Outro pilar estratégico está nas parcerias com universidades de excelência como ITA, Unicamp e PUC, que irão fomentar pesquisa aplicada e formar engenheiros especializados em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Esse movimento fortalece a base de talentos nacionais e garante sustentabilidade a longo prazo para a indústria de defesa.

Além disso, a Condor Tecnologias Não Letais, outra empresa que recebeu aporte do grupo, amplia a presença brasileira no mercado mundial de equipamentos como gás lacrimogêneo e munição de borracha, exportando para dezenas de países.

Brasil como polo emergente da defesa global

O plano do Grupo EDGE vai além de negócios: busca posicionar o Brasil como hub global de inovação militar. Em parceria com a Marinha do Brasil, o conglomerado quer integrar seus sistemas às futuras fragatas da classe Tamandaré, reforçando a presença nacional no mercado de alta tecnologia.

Com essa movimentação, o Brasil se insere em um tabuleiro até então dominado por potências europeias e americanas, diversificando fornecedores e aumentando sua relevância estratégica no cenário internacional. Para Rodrigo Torres, CFO do EDGE, “o Brasil é estratégico não só pela capacidade industrial, mas pelo potencial de exportação para toda a América Latina e além”.

Esse redesenho do setor de defesa projeta impactos que vão muito além da indústria militar: envolve geração de tecnologia dual (civil e militar), fortalecimento da soberania nacional e criação de um legado econômico e científico de longo prazo.

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Fonte: Defesa em Foco

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